segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Seu Jorge, o show


Amo samba e suas vertentes e isso todo mundo sabe. Por isso nada mais natural do que comemorar o aniversário do meu amigo Leo que eu amo, assistindo ao show de Seu Jorge. Além do mais, com um ingresso a R$30,00 quem não vai? Pois bem, nós fomos. No início a noite prometia, gente saindo pelo ladrão, um povo muito do bonito, o Opera Hall (antigo Marina Hall) lotado e nós esperando. Enfim, seu Jorge chegou e aquela voz que faz a gente pensar bobagens embaixo dos lençois já sapecou Dindin dondon, foi o máximo!!! Mas ficou por aí. O cantou esqueceu que estava em um domingo qualquer, em Brasília em um show popular e privilegiou a banda com arranjos elaboradíssimos e primorosos, mas totalmente fora de contexto. E o que é pior, não havia coesão no que tocavam, eles eram extremamentes afinados, mas a banda não funcionava, havia demora de uma música pra outra, e toda hora se percebia movimentação pra afinar os instrumentos. Resumindo, parecia que o homem estava em alguma edição do Free Jazz Festival, alguém lembra? Detalhe, quando a convidada, entrou, levou uns dez minutos pra cantar, Seu Jorge encheu linguiça e ficou com aquela conversa de cerca lourenço e os caras montando o som pra ela, pode?
O que salvou a noite? Mart´nália. Com aquela voz rouca e malandra, sentada em cadeira de rodas ela cantou cinco músicas e animou a noite, pena que foi embora e nos deixou com Seu Jorge dando uma de virtuose.
Pra cada música conhecida ele cantava quatro desconhecidas, e olha que sou fã do cara, tenho dois cds dele, fora músicas avulsas com participações e gravações de novela. Do meio pro fim capitulamos, antes da meia noite a cerveja já havia acabado, fazia um calor do cão e cada música que tocava levava quinze minutos pra terminar. O Fael queria ouvir Burguesinha, mas não rolou. Fomos embora e lá fora percebemos que não fomos os únicos, era debandada geral, parecia até que o show já havia terminado de tanta gente indo embora. Uma chuva fria e chata nos esperava, e prenunciava um belo de um resfriado.
Ao final, concluímos que a dona do show deveria ter sido Mart´nália, o convidado tinha que ter sido ele, assim a noite seria perfeita.