sábado, 31 de maio de 2008

Sem inspiração total e com muita preguiça de transpirar.
Pois é, tô assim; mil idéias na cabeça, mas cadê coragem? Afff!!!

Penso em escrever sobre os filmes que assiti, cenas que presenciei que me alegraram ou me indignaram, mas nada!!
Tomara que isso passe logo, senão, como vou manter esta página ativa?
Beijo, gente!! rsrsrsr

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Uma vez li uma entrevista da Adriane Galisteu dizendo que uma das poucas coisas de que ela sente falta é de não ter feito faculdade, não pelo diploma superior, mas pelas amizades e histórias que teria pra contar dos tempos de faculdade, na época, eu ainda fazia Pedagogia e fiz uma busca dos amigos e aventuras vividos naqueles tempos e sou obrigada a concordar com a Adriane: foi uma época divertida, escassa de grana (fiz facu particular, pense a mensalidade, afff!!!), correria e cansaço, que no final valeu a pena. Formei com tudo que tinha direito e mais um pouco. Fiz amigos que ainda tenho contato e aprendi muito.

O engraçado é que adoro formaturas, acho muito mais legal que casamento,

Sempre chorava quando ia à dos amigos, principalmente a colação de grau, na minha não foi diferente, chorei, ri, gritei, fiz tudo que era permitido, eu me cerquei de pessoas queridas e que me amavam.

Fiz questão também de ser a oradora, eu tinha muito a dizer e disse, segue abaixo o meu discurso.

Beijo, gente!


Boa noite, a todos!!!

É com imensa alegria, mas com igual responsabilidade que fui escolhida para falar em nome das novas licenciadas em Normal Superior e Pedagogia.

É um dado científico e comprovado que o tempo está passando mais rápido, podemos atribuir este fato às exigências da sociedade da informação em que vivemos. Nosso mundo, respira conhecimento, entretanto, este conhecimento não é para todos, este mesmo mundo que a cada dia cria uma nova tecnologia é o mesmo que exclui aqueles que nasceram em camadas sociais menos privilegiadas e que por falta de oportunidade não conseguem ter acesso a todo esse aparato da modernidade.

E qual a nossa missão diante desta realidade?

Devemos ser pontes, para que aconteça uma quebra de paradigmas e que a educação promova mudanças na realidade em que vivemos.

Devemos também estar atentas ao juramento que fizemos, pois ele será nosso guia, principalmente porque nosso país insiste em não priorizar e valorizar a educação e seus profissionais, sabemos que sem educação não pode existir uma sociedade orgulhosa de seu país, tampouco cidadãos conscientes de seus direitos e deveres.

A nós pedagogas, cabe agora uma parte da responsabilidade em transformar o país.

Que possamos criar novos caminhos, seja em sala de aula, nas empresas onde um novo caminho se abre para nós, ou na pesquisa. Não importa o lugar, mas que tenhamos orgulho de nossa profissão e a certeza de nossa missão.

Missão esta que foi escolhida por pessoas brilhantes ao longo do tempo, como Comenius, o pai da Pedagogia moderna, que acreditava na capacidade de aprender das crianças e jamais se deixou abater mesmo perseguido pelos poderosos de sua época.

Citamos também Anisio Teixeira que acreditava que uma escola democrática é uma realidade perfeitamente possivel. Precisamos pensar grande como os grandes pensadores, necessitamos ousar para que a educação seja para todos, de qualidade e transformadora.

Jacques Delors, em seu livro, Educação um tesouro a descobrir, afirma que a educação é um tesouro que deve ser preservado para que todas as gerações possam aprecia-la, devemos também ir além; precisamos vivencia-la, e isso se dá quando nos pre-dispomos a conhecer tudo e todos que nos rodeiam; aprendemos a fazer, pois, nossa vida é um eterno descobrir de novas habilidades e novos conhecimentos, aprendemos a conviver e a respeitar a diversidade da espécie humana com suas semelhanças e diferenças e por fim devemos aprender a SER, pois em um mundo que cultiva a cultura do TER, valorizar o SER é contribuir para o desenvolvimento total da pessoa, como um conjunto de valores que talha o seu caráter e lhes dá capacidade para ser dono do próprio destino.

Podemos agora, falar de pessoas que marcaram nossa caminhada: os nossos professores, começando pela própria composição da mesa: Ricardo, que com sua voz mansa acalmava as aflições de seus orientandos.

Paula, que com sua alegria motivava seus alunos e alunas com idéias e ações onde tudo era possível e finalmente, Maria José que ensinou a todos que passaram em suas mãos que o aprender deve ter sabor e é acima de tudo uma satisfação pessoal. Não se aprende para os outros, mas para si.

Não esquecendo nosso diretor: o Caliman, que nos cumprimentava com seu sorriso cada vez que entrávamos na direção para atazanar a vida da nossa querida Rosaninha.

Tantos outros importantes passaram por nós e deixaram sua marca como o Adriano e o Olimpio de quem não fui aluna, mas escutava elogios derramados sobre suas aulas; Tatiana, que acreditava em nós quando nem nós mesmas acreditávamos que a monografia sairia.

E tantos outros que deixaram sua marca, mas nas voltas da vida seguiram outros caminhos como Marcia dos Reis e Consuelo Jardon.

O que aprendemos com esses professores não levaremos na mente, mas no coração.

Queremos também deixar um agradecimento especial e rasgado aos nossos familiares, maridos, filhos e namorados que compreenderam nossas ausências, e que de uma maneira ou de outra nos ajudaram a pagar as mensalidades da faculdade, em especial ao meu pai que durante todos esses anos, todos os dias me dava um real pra faculdade.

A vocês nosso mais profundo OBRIGADA.

E por fim, quero elogiar a capacidade da amizade dentro da Universidade. Chegar na aula depois de um dia duro de trabalho era a rotina comum para a maioria de nós. Porém, era só avistarmos uma das colegas pro sorriso surgir no nosso rosto.

Quero aqui me alegrar com as amizades que fizemos e lamentar aquelas que não aconteceram. Mas acima de tudo não ter arrependimento de nada do que fizemos. Pois, durante todos esses anos, tudo, absolutamente tudo que fizemos valeu a pena.

Obrigada mais uma vez e boa noite!!!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Futebol 1 X Mulheres 0

Sou a única mulher no meio de quatro irmãos e um pai flamenguista doentes, entre eles está um que eu costumo dizer que é flamenguista cardíaco: O Ricart só não morreu ainda por que futebol não mata torcedor! Cresci ouvindo gritaria e palavrões dos mais infames no domingo à tarde e na quarta-feira à noite. Pois é, vida triste, né?

Muito pelo contrário, os momentos em que meu pai torcia pelo Flamengo eram aqueles que eu podia fazer o que quisesse, sem que ele estivesse de olho; minha mãe aproveitava e ia cuidar dela mesma: fazer o cabelo, a manicure, ler uma revista sossegada, enfim, pra minha mãe e eu, Flamengo jogando era sinônimo de liberdade!

Por tudo isso, não consigo entender mulher que surta quando o marido ou namorado está vendo o jogo pela TV, mal sabem elas que essas horas são uma jóia rara e que se eles soubessem o que nós podemos fazer neste meio tempo talvez não fossem tão fãs do espetáculo dos gramados. Sem falar que dá pra aprender sim o que é futebol. Como? Da próxima vez que a pelota estiver rolando (este é um dos inúmeros nomes que a bola tem, viu?), pegue um livro ou revista, sente na poltrona mais próxima, observe e ... aprenda! Descubra o que é lateral, falta, tiro de meta, escanteio, pênalti e claro o que é gol. E a prova de fogo: o que é impedimento!! Cara leitora, no dia que você gritar “Impedido” junto com seu amado, parabéns, você é a mais nova fanática por futebol.

Por isso relaxem e gozem nesse tempo só pra vocês e raciocinem comigo: não e melhor ver o seu amado olhando pra um bando de marmanjos do que pra perua oferecida no boteco? Ahaaamm!!

Vocês vão aprender várias expressões que são um primor do pensamento masculino, como esta: Corre nu, filho da puta! Sem falar nas dancinhas ridículas que os jogadores inventam.

Alias, uma das minhas melhores recordações da infância se deu exatamente em um campo de futebol; meu pai levou a mim e meu irmão Ricart (de novo ele!) ao Albertão, ele conhecia o vigia do estádio e nós entramos por onde entram os jogadores (o túnel) e fomos até o gramado, lembro que eu fiquei na marca da bola quando o juiz apita o inicio do jogo e dei uma volta de 360º pra ver todo o estádio, nunca esqueci aquele dia!

Fui também a muitos jogos de futebol e o que mais gostava era de chupar picolé e comer todas aquelas porcarias que se come em porta de estádio, olhei , observei e aprendi, menos o que é impedimento. Hoje quando me perguntam pra qual time torço, sempre digo que meu pai torce pro Flamengo, é que não tenho muita paciência pra sofrer e pensar no que teria sido ou perdido por causa de . Já me basta o sofrimento que a seleção brasileira de futebol me faz passar de quatro em quatro anos, não só a mim, mas todos os brasileiros sejam eles homens ou nós, mulheres.

Beijo pra vocês!

Paula


*O Albertão fica em Teresina, no Piauí.

** QUando era adolescente joguei futebol por um semestre, mas não era a minha praia.