quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Diário de Viagem - Aventuras diurnas

Sexta-feira, resfriada até o cabelo, febre e dores pelo corpo, apesar disso, me aventurei e fui conhecer o Museu do Futebol (http://www.museudofutebol.org.br/historia/) e quando saia da estação do metrô Clínicas (a estação fica em frente ao Hospital das Clínicas) me deparei com o cemitério municipal. Não resisti e entrei. Ok, ok, vocês vão falar que é mórbido de mau gosto, mas o lugar é lindo! Eu, moradora de Brasília que sou, só vejo túmulos bidimensionais ao me deparar com aquele festival de estatua em mármore negro e branco em 3D, me encantei. Gente, é cada uma mais linda que outra! Têm anjos, Pietás, mini templos, Jesus Cristo pra todos os gostos e lógico, ler nos túmulos gente que está lá desde o século dezenove e uma espécie de oratório do soldado da Policia Militar de São Paulo. Pelo que pude entender, eles transladam os restos mortais dos policias que morreram em serviço, ou em atos heróicos.
Mas vamos ao Museu do Futebol, ele se localiza no Estádio do Pacaembu, no bairro do Pacaembu, o lugar é de fácil acesso e do metrô das Clinicas pega-se o ônibus Morro Grande, na parada do cemitério (rsrsrrs) e peça para o motorista te deixar em frente ao Pacaembu, na Praça Charles Muller, que de praça só tem o nome, na verdade, é o estacionamento do estádio e é gigantesco! Não tenham medo de se perder, quem tem boca vai a Roma, então, qualquer dúvida, pergunte as pessoas, elas terão o maior prazer em te indicar o caminho. E o museu super vale a pena conhecer, não tem relíquias ou objetos de valor, o forte dele é a tecnologia, lá você vai conhecer a origem do futebol, das regras, gírias, expressões, repórteres, comentaristas, jogadores, cartolas (sabe o que é isso?), os craques e tudo que se pode dizer sobre futebol. Há painéis que se movem, uma linha do tempo sobre o que de mais relevante aconteceu no mudo no ano em que aconteciam as copas do mundo, mesas pra você escolher e ouvir a narração dos gols e jogadas mais famosas.
Um vão entre um andar e outro é o lugar dedicado às torcidas, o lugar é o alicerce das arquibancadas do estádio, não tem ventilação, é grosseiro e feio, e um cheiro de suor, terra que faz lembrar um amontoado de gente, enormes telões te cercam e mostram as mais diversas torcidas organizadas, cantando o hino e os gritos de guerra do clube do coração; é uma barulheira infernal! Você realmente se sente no meio de uma torcida. Muito massa!!! Detalhe, professor com seu holerite (?) não paga, viu? É assim nos museus de São Paulo, ou você não paga ou paga meia.
O museu conta também com uma loja de presentes – Roxos e Doentes, um restaurante, o Bar do Torcedor, com chopp da Brahma e a comida é super gostosa. Têm acesso aos portadores de necessidades especiais, com elevadores e banheiros.
Foi um dos poucos lugares em que tirei foto, às quatro da tarde pedi arrego, espirrava aos trancos e me sentia febril, fui pra casa e tomei remédio, o Leo e o Vini me ligavam e falavam das Heinekem geladas que estavam bebendo e eu sem condição. Repetindo Dadá Coelho: pobre quando encontra um ovo ele está goro. Ai!!!
No sábado Feijoada no Portela (Rua Prof. Sebastião Soares de Faria, 61 - Bela Vista - São Paulo / SP), o bar tem mais de quarenta anos, e é um dos melhores botecos em que já pisei, comida boa e barata e personalizada, o atendimento é maravilhoso e os donos vão sempre conversar com os frequentadores. A Tita minha prima é uma das fieis clientes do lugar, vai pra almoçar, comer um belisquete, jantar e até tomar uma cerveja, não é legal?
Quanto ao prato em questão, a feijoada, advirto que se você só vai nela porque tem lingüiça, então passe longe desta aqui, a iguaria do Portella não tem lingüiça ou paio, mas tem todos os outros pertences do porco e é absolutamente sensacional. Sem falar que ela é servida com duas bistecas maravilhosas que estão incluídas nos acompanhamentos. Peça a porção grande se você tiver em três pessoas ou mais. Recomendo.
Depois dessa tomei meu remédio para o resfriado e fui dormir, afinal, a noite estava me chamando.

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