domingo, 5 de fevereiro de 2012

"A Praia" de Koh Phi Phi





















                Foi com o coração doendo que nos despedimos de Samui, e aqui um adendo acerca do povo tailandês, para eles vale o que está combinado: sete da manhã pontualmente, conforme o dono agencia marcou, um motorista chegou numa van para nos levar do hotel ao porto e pegarmos o ferry boat para Krabi e de lá outro ferry até Koh Phi Phi. A viagem foi sossegada, pois nosso guia levou-nos para a parte refrigerada, enquanto ele ficava no convés cuidando das malas. Teve uma hora que saí para ir ao banheiro e aproveitei para dá uma olhada em nossa bagagem; o guia estava lá e dormia em cima delas! Quando o barco estava perto de atracar, ele nos acordou dizendo que já estávamos chegando.
Quando desembarcamos, o guia nos entregou para outro motorista, se despediu e foi embora. Atravessamos o país de um lado ao outro em mais ou menos cinco horas em uma van que mais parecia um motel: jogo de luz, espelhos e uma tela plana gigantesca (para um carro) para assistir filmes legendados em tailandês! Uma delicia!!! E tudo isso com outro guia super simpático que conversava e falava sobre as particularidades da Tailandia. Ele também fez questão de nos ajudar a comprar os bilhetes para Phi Phi e só foi embora quando mostramos os bilhetes do ferry e o motorista que nos levaria ao outro porto para embarcarmos. Diferente do ferry com ar condicionado de Samui; esse era quente como o inferno e LOTADO de gente! Em uma certa hora não agüentamos e fomos para o convés muito mais fresco e mesmo em mar aberto dava pra perceber que o mar era limpo e transparente. Tudo de bom!!
O porto de Phi Phi, não fugindo a regra era uma confusão de turistas e locais e a gente com mala, mochila e tudo mais já se preparava para ir atrás do hotel quando vimos um cidadão com a plaquinha do Andaman Beach Resort e descobrimos que todos os hotéis da ilha mandam guias para pegar os hospedes  nas barcas no horário em que eles avisam que irão chegar. Detalhe: a cidade não tem carro, motos e nem postes de energia nas ruas e isso só descobrimos à noite quando voltávamos da farra no breu da madrugada. Só é permitido bicicletas, triciclos e carros de mãos, que são enormes para carregar malas, comida, água, mercadoria das lojas e tudo mais que você puder imaginar. Moto só na madrugada para recolher o lixo das ruas. Outro detalhe de Phi Phi: a água do banheiro e da piscina é salobra e água é mineral pra tudo. Tem noção como ficaram nossos cabelos? Não tão ruim como vocês imaginam, mas meio duros por causa do sal.
Phi Phi é uma ilha minúscula espremida entre o mar e um paredão de montanha que dá pra percorrer de uma ponta a outra em mais ou menos trinta minutos; toda calçada, com ruas estreitíssimas, cheias de lojas, restaurantes, agencias de turismos, caixas eletrônicos, casas de cambio, padarias e bares para todos os gostos e pasmem: tudo cabe no seu bolso de viajante. Koh Phi Phi é um barato só $$$$!!!! Mas o comércio simplesmente não aceita cartões de crédito, ONLY CASH!!!!
Uma das melhores refeições (e a pior também!) que fizemos foi no Matt’s Join, sem falar que o dono era um gato, além de super educado! Com preço diferenciado: Girl, Lady Boy e Boy e um wi-fi ligado vinte e quatro horas! Como descobrimos? Estávamos indo embora de madrugada quando o cel de todo mundo apitou mostrando que havia uma rede ligada, paramos e na rua escura sentamos no meio fio e fomos teclar.
Há bares para todos os gostos e bolsos com muita música eletrônica e rock do bom (graças a Deus!!). Claro que a gente precisou descobrir o horário da night, no primeiro dia chegamos muito cedo (seis da tarde), no segundo muito tarde (depois das dez) só no terceiro e último dia pegamos a noite com tudo e foi joia! Fomos principalmente ao Reggae Bar, o bar tinha um ringue no meio do salão onde clientes bêbados se batem por um baldinho de vodka com refrigerante ou energético. Em um dos dias um deles teve o ombro deslocado e outro sangrou o nariz. E quanto a gente pagava pra entrar? Nada. Todas as baladas da ilha com banda, espetáculo de fogo na praia entre outras atrações só pagávamos o que consumíamos.
Dizer que Phi Phi é deslumbrante é chover no molhado! E olha que a ilha foi atingida pelo Tsunami de 2004 e mais de mil pessoas morreram no desastre, muitas delas turistas. Em toda a ilha há placas com rota de fuga em caso de outro tsunami, coisa que não se descarta. A vista que tínhamos da praia na hora do café da manhã era indescritível e maravilhosa!
Fizemos todos os passeios e não nos arrependemos: Visitamos a praia dos macacos, fizemos snorkel no recife dos tubarões sem dentes e levou quase uma hora para acostumar com a máscara, boiar para finalmente observar os peixes, no fim capitulei e usei o colete e os pés de pato, o Leo penou igual a mim. Só o Vini parecia ter nascido pro negócio, em minutos ele boiava e observava os peixes como se tivesse nascido no mar. Ô ódio!!!!!
Mas o melhor de tudo foi quando começou a chover, se em principio ficamos meio receosos, nosso guia falou que podíamos mergulhar sossegadamente que não havia perigo e foi o que fizemos. Vocês conseguem imaginar uma chuva caindo em um mar verde e transparente em um dos lugares mais lindos do mundo? Era chuva e um vento que fazia o barco girar e nós em um oceano de água quente! O que eu senti não tem palavras, mas eu agradeci a Deus pela oportunidade de estar ali!
Depois dessa emoção ainda faltava uma: Maya Bay, a ilha do filme A praia com o Leonardo de Caprio, deslumbrante, lotada de japonês sem noção, mas nem isso tira a beleza do lugar. A areia da praia parece talco de tão fina, água transparente e um visual que parece (e é) coisa de cinema! A praia é limpa e bem cuidada e há um número xis de turistas para entrar na ilha. Gostamos tanto da ilha que no dia seguinte voltamos e ficamos o dia quase todo, mas com uma diferença: no primeiro dia fomos em uma lancha com outros turistas e no dia seguinte alugamos um barquinho tradicional do país, aproveitamos ainda para explorar a ilha. Se a lancha levou vinte e cinco minutos até a ilha, no barquinho o tempo era quarenta pra ir e outros quarenta para voltar. Mas foi uma aventura, com mar bravio, vento e medo da embarcação não aguentar a força das águas. Mas como podem ver estou aqui e contei a história!
E pra terminar outro exemplo do modo de vida dos tailandeses e como eles levam a sério o respeito pelo outro: nossa diária encerrava-se ao meio-dia e já estava tudo pago (em muitos hotéis pagávamos a conta no check-in e já estava incluso até a água que bebíamos durante a estadia), mas queríamos ainda aproveitar o dia na cidade. NO PROBLEM, o hotel guardaria nossa bagagem e às treze e quarenta e cinco o carregador estaria no porto entregando para nós. Ficamos com a pulga atrás da orelha, mas mesmo assim deixamos nossas coisas e fomos passear pela cidade. Gente, pontualmente às treze e quarenta e cinco o carregador estava no porto e todo simpático descarregou a mala na entrada do convés e tudo isso com um sorriso sem tamanho.
Exemplo melhor impossível para nossa quase despedida da Tailândia e confirmando o lema nacional: Same, same, but diferent!
Beijos e até a Indonésia!





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