domingo, 23 de março de 2008

O mundo está ao contrário...

.... Pois é, foi essa sensação que tive no show do Asa de Águia (16/03), primeiro, quase ninguém prestava atenção ao show, era um vai e vem sem fim. Segundo, era muito adolescente junto sem supervisão (ah, o meu olhar de professora!!). Terceiro bebida a rodo. Quarto, ficamos em cercadinhos separados entre VIP, Camarote e Pista (respectivamente: rico, remediado e pobraiada, cruzes, o fim!!), alguém lembra quando o preço do ingresso era divido por pista e camarote? e por último, a pegação era geral. Nunca fui santa na adolescência, a paquera acontecia e era uma coisa mais suave, beijávamos muuuuito (rsrsr e só um por noite, viu?... ok, no máximo dois) mas lembrávamos sempre o nome dos beijados na hora de contar as histórias no fim da noite. Claro, nós bebíamos e um ou outro exagerava e precisava sair carregado, ele era a exceção numa noite divertida. Hoje, a exceção somos nós, os equilibrados, ficamos alto, mas não enchemos ou incomodamos o outro. A cena mais comum em shows e festas é ver a molecada sendo carregada pra enfermaria por coma alcoólico.

Minha amiga ficou chocada, é que ela ficou muito tempo sem ir a show de axé; e quando viu a garotada mais ligada na contagem dos beijos que no Durvalino, caiu na real e percebeu que não estava mais na adolescência, quer dizer, ao menos na dela.

E olha que a pegação era forte, sem distinção de cor, etnia ou idade, era hilário ver uns moleques de barba rala cantando a mim e minha amiga e em alguns momentos querendo nos beijar a força. Ou então as criaturas que ficavam paradas como um dois de paus, não dançavam, não pegavam ou conversavam enquanto a música rolava solta, vai entender!!

Vendo aquela garotada se esbaldando, senti saudade do meu tempos e pena porque eles não viveram o que vivi, não por nascerem na década errada, mas pela diferença de valores que separa cada geração.

É, “o mundo está ao contrário e ninguém reparou.”*

Beijo, gente!!

* Trecho da música Relicário de Nando Reis.

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