sábado, 14 de janeiro de 2012

Hong Kong








O que era pra ser uma parada de quatro dias, virou uma maratona de trinta e seis horas, devido ao problema do visto de trânsito do Canadá, perdemos dois dias de viagem, mas deu pra ter uma boa ideia de como é a cidade e como ela funciona. Hong Kong é só uma das ilhas do arquipélago, há ainda Lantau, onde fica o aeroporto (absolutamente inacreditável: tem um metrô dentro dele que te leva do avião ao setor em que você pega as mamas), o grande Budha e a Disney; Macau e Khulum onde nos hospedamos, que aliás, parecia Times Square de tanto neon.
Hong Kong, é uma cidade caótica, moderna e pronta para o futuro, mas ao mesmo tempo arcaica e preconceituosa, com todas as comodidades e com acessibilidade para os deficientes, mas os únicos que encontramos eram mendigos. Uma cidade com docerias em toda esquina, mas os chineses adoram sua própria comida, principalmente se ela vier em um palitinho; chinês que se preza adora um espetinho: de carne, frango, peixe, frutos do mar, com verduras e frutas e o que mais a imaginação mandar.
O café da manhã deles é inacreditável: tem arroz, carne, caldos, macarrão, ovo, legumes e verduras. O aroma de comida é impregnado na cidade; Hong Kong cheira ou fede (dependendo da impressão do visitante) a fritura e afins.
O subway atravessa a cidade praticamente inteira com estações que são shoppings de luxo com todas as marcas de grife mais famosas do mundo: Chanel, Ermenegildo Zegna, Gucci, Calvin Klein entre tantas outras. Se precisar comprar aquele perfume preferido e caro, não precisa desviar e passar no shopping, a estação onde você pega o metrô pra ir pra casa tem a loja.
Começamos pelo centro da cidade com seus prédios gigantescos e modernos, subimos o Escalator, que é o maior trajeto de escada rolante do mundo, e é mesmo, viu? Mas ele só sobe ou desce, dependendo do horário. O trajeto passa por um bairro com influência inglesa e que tem até uma mesquita. Fomos a todos os pontos turísticos: Hong Kong’s Harbor, ao prédio do HSBC e passamos a mão nas patas dos leões gigantescos do hall de entrada; ao IFC,  Internacional Financial Center, com um shopping chiquérrimo no seu lobby e que tem como atração uma gigantesca loja da Apple, lotada de gente experimentando todas as engenhocas, comprando ou simplesmente aproveitando o wifi da loja. A loja é tão grande que tem uma sessão só para a criançada. Na boa? Aquela loja não é uma coisa de Deus.
Fomos ao Pico Vitoria, o bairro mais chique e exclusivo de Hong Kong, que fica no topo do morro, que subimos com uma local super simpática, a Glória, que subia o morro como se estivesse numa esteira e nós ao seu lado colocando os bofes pra fora. Mas a vista compensou tudo; o shopping super bacana com restaurantes e lanchonetes pra todos os gostos, e muitas lojinhas pra comprar desde lembrancinhas até roupas de grife. Na volta, usamos o bonde que faz o trajeto do pico e passamos por uma igreja católica A St. John’s Churchil. Claro, que nossos pés ficaram arrebentados e só estávamos na metade do dia, mas mesmo assim a gente se jogou na cidade à tarde e só chegamos no hotel às sete da noite, mortos de cansados e com fome.
Deixando os lugares e falando das pessoas; os chineses adoram aglomerações e são loucos pelas luzes de Natal - embora a maioria esmagadora deles não tenha religião – todo lugar é lotado: praças, shoppings, metrô, restaurantes e lanchonetes e sempre há filas, embora eles não saibam o significado dela, chinês que se preza fura a fila na cara de pau e nem te ligo.
Eles fumam desbragadamente, mas com a proibição de fumar em recintos fechados as ruas ficam lotadas com dezenas de grupos com um cigarro na mão e conversando animadamente.
Mas uma coisa me chocou e às vezes me provocou pena: a quantidade de velhos trabalhando, em serviços muitas vezes insalubres e em atividades que no Brasil é feita por adolescentes entrando no mercado de trabalho. Tem muitos deles atendendo no Mac’Donalds, limpando o chão, recolhendo pratos e no balcão da lanchonete; a resposta eu descobri depois, na China não existe aposentadoria pelo estado do tipo que existe no Brasil, muitos deles literalmente trabalham até morrer. Diferente do Canadá de onde havíamos acabado de chegar, onde há uma quantidade imensa da terceira idade trabalhando, não por necessidade, mas do próprio país que sofre com o envelhecimento de sua população e carece de mão de obra para fazer as coisas funcionarem.
Os chineses no geral são baixinhos, daí as garotas adorarem um salto alto, elas usam plataformas, sapatos meia-pata de altura estratosférica e AMAM as botas que chegam até a metade da coxa. São produzidíssimos, só andam na moda e não interessa se é menino ou menina, eles são todos mega fashion; usando maquiagem, cabelos que desafiam as leis da física, sempre vestidos na última moda e uma coisa que achei horrível: a unha grande dos meninos, eca!!! Tem uma disputa acirradíssima pra saber quem se destaca na multidão, os meninos são meio ambíguos, meu radar ficou meio louco em Hong Kong!!! Mas descobri que isso  acontece em toda Ásia e não apenas em Hong Kong, em Bankok o negócio foi muito mais trash.
Um beijo e até a próxima parada!

4 comentários:

Kátia Cavalcante disse...

Muito legal o que vc conta sobre Hong Kong... Quero saber depois quanto custa/ou esta excursão, rsrsrsrs.
Bjssssssssss e aproveite.

Shirley Teacher disse...

Depois desta viagem, este blog deveria mudar seu nome para mil e uma coisas na bagagmem! (^^) Atóron!!

Auri Lima disse...

Oi, Paula! Estou amando acompanhar sua viagem... As descrições que vc faz, tanto das pessoas quanto dos lugares, são tão reais que consigo me imaginar aí... E quando acabo de ler penso: poxa, já acabou?! Quero mais!!!!
Beijos.

Sinthya disse...

Nossa, viajei com vc, entrei nas lojas, senti os cheiros....estou adorando sua viagem. Bjos.mi